Felipe Gomide e Forrobodó Oriental

O Forrobodó Oriental apresenta o trabalho inédito, e autoral, do rabequeiro paulistano, Felipe Gomide. O projeto, predominantemente instrumental, mergulha nas fusões entre manifestações regionais brasileiras; como o forró, e o côco, com a magia da música oriental, desenvolvida pelos povos árabes, turcos, ciganos e persas.

 

Com uma formação inusitada, a banda conta com instrumentos orientais como; derbake e riqq, ao lado de zabumba, pandeiro, triângulo e agogôs. As melodias são construídas com rabeca e pífano, que passeiam ao lado do alaúde, do clarinete turco e da flauta nay, tendo a viola caipira e sanfona como principais harmonias, e o souzafone nos graves.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nas gravações do novo álbum, ainda inédito, contam participações musicais de peso, como do multi-instrumentista, Carlos Malta, do pianista, Henrique Gomide (Caixa Cubo), e do sanfoneiro, Gabriel Levy. Também participaram do projeto as cantoras, Mestra Penha, Janayna Pereira, e Katerina Douka (Grécia), além de diversos músicos renomados na cena instrumental brasileira como Mario Aphonso III, Nathanael Sousa, Ricardo Barros e Guegué Medeiros.

 

O projeto é fruto de mais de 15 anos de pesquisas, estudos, imersões e viagens do compositor, que também é fundador dos coletivos; Bloco de Pífanos de São Paulo e Curso Livre de Rabeca, além de anos de carreira artística, como rabequeiro, em grupos de referência no forró pé-de-serra e na música oriental, como Xaxado Novo e Orkestra Bandida.

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCEITO

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A música brasileira é permeada de influências dos povos do oriente. Portugal, ainda antes de alcançar o Brasil, teve seu território conquistado pelos árabes-mouros, que por mais de 800 anos difundiram seus costumes, sua poesia, seus instrumentos, na Península Ibérica.

 

A África, também, em muitas partes, muçulmana, era a terra dos Malês, povos tribais muçulmanos, que liam e escreviam em árabe, e foram responsáveis por uma das mais importantes revoltas de liberdade na Bahia, além de tantas influências na nossa cultura popular. Os ciganos, também presentes em tantas regiões dos sertões do Brasil, há séculos influenciam hábitos musicais e culturais dos povos sertanejos.

 

Diversos instrumentos tão característicos da cultura brasileira, como a rabeca, a viola caipira, o zabumba, o pandeiro, além de ritmos com o baião, o xaxado, o bumba meu boi, e até a poesia de cordel e o aboio do vaqueiro, todos, tem suas origens ligadas aos "povos do oriente", que tanto contribuíram para a cultura musical e poética do planeta.

 

A proposta do Forrobodó Oriental é justamente aproximar essas linguagens, criando pontes musicais entre diferentes épocas, povos e culturas, valorizando elementos da musicalidade brasileira, enriquecida pelas escalas, ritmos e instrumentos dos povos orientais.